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O pensamento Crítico na Geografia

O pensamento crítico na Geografia fazer a diferença.... 

O pensamento crítico desempenha um papel fundamental no campo da geografia, permitindo-nos compreender o mundo de maneira mais profunda e significativa. o pensamento crítico na geografia nos capacita a questionar as narrativas dominantes.  Para se compreender este conceito não posso deixar de contar a seguinte história:

<<O professor mateus tinha fama de ser terrivel. Temido pelos alunos por ser muito exigente  e pelos seus castigos implacáveis. Certo dia entrou na sala e anunciou: "Vou fazer uma perguta quem não souber a resposta será castigado. Qual a cor do Céu? Sabem responder?

Os alunos foram respondendo AZUL. Chegou a vez do João que ficou calado. O professor insistiu e o João respondeu: Sr. professor para responder preciso de saber a hora do dia, pois a cor varia ao longo deste.

Nesse dia não houve castigos.>>

Ao aplicar o pensamento crítico na geografia, somos capazes de questionar as informações, teorias e conceitos que encontramos. Isso nos ajuda a ir além de uma visão superficial dos fenômenos geográficos e a desenvolver uma compreensão mais precisa e fundamentada. 

Para além disso, o pensamento crítico na geografia,  permite procurar e entender as perspetivas diferentes sobre a complexidade dos fenómenos geográficos.


Durante a 1ª sessão da ação de formação estivemos a analisar a importância que o pensamento crítico tem nas aprendizagens dos nossos alunos permitindo-lhes adquirir conhecimentos bem como desenvolver competências várias que são fundamentais para a sua vida pessoal e profissional.

Vivemos hoje numa sociedade em constante transformação o que exige de todos nós e em particular dos nossos alunos uma adaptação constante a essas transformações. Assim, reconhece-se hoje a importância do desenvolvimento de competências várias que lhes permitam adaptar-se a essas transformações  e ter um papel ativo e crítico na construção do seu conhecimento e de vivência nessa mesma sociedade. De referir ainda, que atualmente os nossos jovens  vão deparar-se com inúmeros problemas  que são uma realidade já hoje em dia, como as alterações climáticas e outros que urge solucionar de forma a contribuir para uma melhor qualidade de vida, para uma sociedade mais justa e igualitária bem como para um planeta mais sustentável.

São hoje vários os desafios que se colocam aos nossos jovens que contrariamente ao que acontecia connosco irão ter várias profissões ao longo da sua vida do que resulta a necessidade de lhes desenvolver competências várias as quais  foram apresentadas na primeira sessão desta ação de formação.

E, porque é tão necessário desenvolver o pensamento crítico nos nossos alunos?

Porque existe um mundo novo, a pandemia funcionou como um acelerador de mudanças , nomeadamente, novas formas de organização do trabalho, o crescimento do teletrabalho ou de reuniões virtuais. Mais, somos bombardeados de informação, com base na qual tomamos muitas decisões. Há que aprender a separar as informações fidedignas das "fake news". As alterações climáticas, as migrações, a transição energética,  novos empregos irão surgir e outros desaparecer.

E, também, tal como desaparecem empregos,  "inventamos novos empregos porque precisamos de ser reconhecidos", como afirma, Jan Lucassen, no artigo assinado por Raquel Miranda no Público de 18 de junho de 2023, referindo o autor que o significado social do trabalho é universal- o trabalho é motivado pela necessidade, mas também pela auto-estima e pelo reconhecimento social. E, como somos seres gregários,  a cooperação foi o que garantiu grande parte do nosso sucesso enquanto espécie!

O novo paradigma educativo implementado nas escolas portuguesas, foi concebido para responder a estes novos desafios- para o exercício de uma cidadania ativa, criativa e democrática-pois é cada vez mais fácil a manipulação das pessoas pelos Estados e também pelas Empresas e porque  demos como adquirido o grau de bem-estar e de rendimento a que as sociedades atuais ascenderam, sabendo agora mais do que nunca  que é importante recuperar a memória  dos movimentos sociais, que nada é adquirido para sempre. Assim, não é de estranhar que  no Top 10 das competências para 2020 , apareça em 1.º lugar a resolução de problemas, em 2.º lugar o pensamento crítico e em 3.º lugar a criatividade. 

Efetivamente, o ensino assente na transmissão de conhecimentos e na memorização reduzem a Geografia  a informação teórica e a uma visão circunscrita do que é a Geografia que ignora a diversidade dos temas de estudo da disciplina e muito centrada em questões pouco problematizadoras.  

Sendo a paisagem reflexo da ação ou inação do homem sobre o meio, a sua observação atenta fornece-nos informações sobre a realidade observada e a sua construção, e aponta pistas para intervenção. Este processo parte de quem observa o meio e de forma crítica, o entendem e o pretendem transformar ou preservar. Assim, olhar com profundidade a paisagem, assim levar os alunos a problematizar e a criar relações lógicas sobre o que observam deve ser uma prioridade nas aulas de geografia, pois conduz à formação de bases para desenvolver adultos interventivos e proativos. É importante desenvolver nos alunos  a capacidade de análise lógica de raciocínios, levar os alunos a percecionar a  existência de conexões lógicas de ideias/factos/fenómenos para que os alunos através da observação consigam estruturar de forma lógica o pensamento mediante as evidências, e tirarem conclusões. Consequentemente a aprendizagem é contextualizada e efetiva. 

A observação pela observação e consequente constatação de factos é mera reprodução da informação assimilada. As aprendizagens essenciais da disciplina de Geografia do ensino básico apontam  para "um conjunto de competências que compreende o conhecimento dos conceitos relacionados com o território, a utilização de ferramentas de representação dos fenómenos geográficos e o conjunto de processos explicativos das suas interações, numa visão multiescalar", destacando que os, cada vez mais recorrentes,  "fenómenos ambientais, populacionais, sociais, culturais, entre outros, têm causas e consequências multifacetadas que ultrapassam as fronteiras, é fundamental desenvolver uma educação geográfica que problematiza, questiona e procura equacionar cenários e inventariar soluções para as complexas situações que ocorrem no Mundo, desde as catástrofes naturais aos contrastes no desenvolvimento, passando pelas alterações climáticas, as migrações, o envelhecimento demográfico, a composição multipolar do sistema-Mundo".

As aprendizagens essenciais da disciplina de Geografia do ensino básico vão ao encontro do desenvolvimento de competências de pensamento crítico nos alunos. Centram-se em 3 grandes áreas de desenvolvimento das competências: "localizar e compreender os lugares e as regiões; problematizar e debater as inter-relações entre fenómenos e espaços geográficos; comunicar e participar - o conhecimento e o saber fazer no domínio da Geografia e participar em projetos multidisciplinares de articulação do saber geográfico com outros saberes"

Ao nível do pensamento crítico e criativo pretende- se que os alunos sejam capazes, no ensino básico, de: Investigar problemas ambientais, ancorados em guiões de trabalho e questões geograficamente relevantes (o quê, onde, como, porquê e para quê) e Aplicar o conhecimento geográfico, o pensamento espacial e as metodologias de estudo do território, de forma criativa, em trabalho de equipa, para argumentar, comunicar e intervir em problemas reais, a diferentes escalas.


 “A resolução de problemas em qualquer área do
saber inclui o domínio de um conjunto de destrezas e competências relacionadas
com a capacidade de desenvolver processos, de identificar problemas, formular e
encontrar soluções, assim como analisar os erros cometidos e ensaiar
estratégias alternativas”.                                                                                                                   (Silva, Ferreira, 2000, 99)

A
Geografia encontra-se hoje em dia confrontada com uma responsabilidade
crescente, tendo em conta as expectativas que a sociedade tem em relação à
ciência, face a desafios cada vez mais complexos, exige-se de forma mais
fundamentada que a ciência assuma um papel inequívoco na produção de
conhecimento que apoie a resolução desses mesmos desafios.

Nesta
era de multiplicação de mensagens e de crescente complexificação do
conhecimento, aquilo que se espera dos nossos alunos é, essencialmente, que
eles sejam capazes de lidar com a informação de uma forma crítica, rigorosa e
disciplinada. E, segundo vários autores, o papel das escolas deve ser
precisamente o de transformar os nossos alunos em pensadores críticos, pessoas
capazes de tomar decisões por si próprias a partir de uma multiplicidade de
informações provenientes de diversas fontes.

O
desenvolvimento de momentos de avaliação que apostem na exploração das
potencialidades do pensamento crítico ganham uma relevância particular no caso
da Geografia, por duas razões. A primeira prende-se com a especificidade e a
natureza do próprio conhecimento geográfico e dos conteúdos programáticos da
disciplina, organizados em torno de três domínios:

 - A Localização;

-
Conhecimento dos Lugares e das Regiões;

-
Dinamismo das Inter-Relações entre Espaços.

Ao
estudar o(s) espaço(s) nas suas múltiplas vertentes e escalas de análise –
naturais, económicas, culturais, sociais, ambientais, etc. – a educação
geográfica exige o desenvolvimento de um conjunto de competências que vão de
encontro aos princípios fundamentais do pensamento crítico.

A utilização do pensamento
crítico na geografia ajuda os alunos a desenvolverem habilidades e capacidades
que podem ser aplicadas futuramente, o que beneficia os alunos e os prepara
para atuarem no poder local, e como? Ao utilizar o pensamento crítico
na geografia, os alunos são incentivados a explorar e compreender os problemas
geográficos de forma abrangente. Isso os capacita a analisar diferentes
perspetivas, considerar múltiplos fatores e examinar as implicações
socioeconómicas e ambientais dos problemas. Essa compreensão mais profunda dos
desafios geográficos ajuda os alunos a tomar decisões mais informadas no poder
local. 
Como a análise espacial e
planeamento territorial que permite que os alunos desenvolvam a capacidade de
pensar espacialmente e analisar as relações entre diferentes fenómenos
geográficos. Isso é particularmente relevante no poder local, onde é necessário
realizar o planeamento territorial e tomar decisões relacionadas à organização
do espaço, desenvolvimento urbano, uso dos recursos naturais e gestão
ambiental. 
Como é essencial avaliar
criticamente as políticas e projetos propostos, e aqui o pensamento crítico na
geografia permite que os alunos analisem as implicações sociais, económicas e
ambientais dessas iniciativas. Eles podem avaliar os impactos nos diferentes
setores geográficos, antecipar desafios e propor soluções alternativas ou
melhorias. Essa capacidade de avaliação crítica é valiosa para tomar decisões
mais eficazes e promover um desenvolvimento local equilibrado. 
A geografia desempenha um papel
importante na compreensão dos desafios relacionados ao desenvolvimento
sustentável e, naturalmente o pensamento crítico na geografia capacita os
alunos a considerar as dimensões socioambientais em suas análises e propostas.
Isso é fundamental para a tomada de decisões, onde é necessário buscar soluções
equilibradas que considerem as necessidades atuais e futuras da comunidade, bem
como a proteção do meio ambiente e a promoção da qualidade de vida. 
Alunos com pensamento crítico na
geografia incentiva os alunos a se envolverem ativamente nas questões que
afetam suas comunidades. Eles aprendem a levantar questões pertinentes, a
contribuir com informações geográficas relevantes e a expressar suas opiniões
de maneira fundamentada. Essas habilidades de participação cidadã e comunitário
são transferíveis para o poder local, onde os indivíduos podem se envolver em
processos de consulta pública, contribuir com conhecimentos geográficos e
defender os interesses de suas comunidades. 
Essas competências
adquiridas/potenciadas pelo pensamento crítico aos alunos, são essenciais para
ter adultos capazes de enfrentar os desafios geográficos complexos e contribuir
para o desenvolvimento local de forma informada e responsável.


Face a tudo o que foi referido anteriormente e de modo a que os alunos sintam a necessidade de colocar em ação o pensamento crítico é necessário, igualmente, que a própria Geografia e os professores que a lecionam a tornem recentrada, social e problematizadora do real, global e sistémica e ativa.

Recentrada, pois, de
todos os temas/conteúdos que podem ser estudados em Geografia, é necessário
escolher os que são realmente relevantes para aos alunos e que os irão ajudar a
explicar e a intervir no espaço que os rodeia. Social e problematizadora do real pois o Homem deve ser o centro de todos os estudos da Geografia, pois a paisagem, que
é o principal elemento de estudo da Geografia, resulta, hoje em dia, da ação
humana sobre ela. Global e sistémica porque os assuntos estudados em Geografia devem ser vistos como como
integrados num sistema mais abrangente, com inter-relações com outros
fenómenos, e a diferentes escalas.  Ativa, pois o ensino da Geografia deve ser eminentemente prático, adotando métodos de
aprendizagens em que se privilegie a construção dos conhecimentos por parte dos
alunos.